
“Ilumina teus salões! A noite vem caindo.
Estou triste, estou só, estou distante:
Geme o vento do norte e me enregela o seu hálito,
E como é soturno o leito sob este céu chuvoso!"
Estou triste, estou só, estou distante:
Geme o vento do norte e me enregela o seu hálito,
E como é soturno o leito sob este céu chuvoso!"
Emile Brontë
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Alice dormia em sua cama, era um sono profundo, calmo como na verdade a muito ela não dormia, se me permite, acredito até que ela estava sonhando, e um sonho bom. Estava bem confortada, coberta com seu edredom macio que cheirava a camomila, usava seu pijama de algodão e até seus pés estavam calçados com meias de lã para aquecê-la do frio do inverno. . .
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Alice dormia em sua cama, era um sono profundo, calmo como na verdade a muito ela não dormia, se me permite, acredito até que ela estava sonhando, e um sonho bom. Estava bem confortada, coberta com seu edredom macio que cheirava a camomila, usava seu pijama de algodão e até seus pés estavam calçados com meias de lã para aquecê-la do frio do inverno. . .
Tudo parecia normal.
Talvez tudo estivesse normal, não fosse uma goteira, uma goteira enorme que começou com uma gota, mas que aos poucos estava molhando-a toda e que a incomodou e de tal maneira que ela abriu os olhos determinada a averiguar a sua procedência, quando de repente em meio ao sono e a petrificação ela não pode acreditar no que viu, no que estava vivendo naquele momento: aquilo era chuva.
Alice olhou a sua volta e viu que estava dormindo na rua mais movimentada de sua cidade, de alguma maneira não só seu corpo, mas sua cama e todos os seus pertences foram para lá. Mas como? O que pode ter sido isso? Quem pode ter feito isso? Tê-la transportado junto com a sua cama, e todos os seus pertences? Mas por quê? Era inexplicável de repente toda aquela gente a olhando, todos cochichando, intrigados, e ela cada vez mais assustada.
Foi quando o medo e a angústia tomaram conta de seu pensamento, e o susto foi tanto que ela ficou de pé e sentindo-se perdida e desamparada por tudo ela gritou, o mais alto que suas cordas vocais puderam suportar, e gritou assim tão forte e tão alto que acordou e olhou para o lado e viu que estava em casa, olhou para o relógio e viu que eram 7:30 da manhã, e olhou para o sol e viu a janela e a cortina, tocou o seu próprio rosto e sentiu o suor frio que cobria a sua face, e assim se deu conta de que estava sonhando e de que tudo não havia passado de um pesadelo.
Um pesadelo. . . mais um de tantos que ela já teve, assim como todos os humanos que dormem e sonham.
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