"Somente a Razão Impede o Homem de Voar"

segunda-feira, 24 de maio de 2010

MIL ESTRELAS NO CÉU


MIL ESTRELAS NO CÉU

Mil estrelas no céu, mil estrelas no céu,
Clareiam este meu triste caminho,
Guardam meus sonhos perdidos,
E secam minhas lágrimas,
Que rolam todas as noites,
Quando o véu negro que cai sobre a terra,
Me faz sentir medo da minha própria devoção.
Mesmo que eu voasse pelo infinito,
Ou navegasse por todos os oceanos,
Até se eu escalasse as mais altas montanhas,
Ou caminhasse pelos campos mais verdes,
Mesmo se em vida eu alçasse toda glória,
E jamais em meu peito todo o mal habitasse,
Até se eu fosse santa,
Não seria a pessoa mais feliz do mundo,
Seria a mais fraca e a mais impura,
Pois seria a única na terra,
Que não provou o néctar de Deus.
Ergueria as minhas mãos,
E até agradeceria pela minha existência,
Mas então lembro das lágrimas,
Que em seu lindo rosto um dia fiz rolar,
E me sinto com um frio,
Que congela até o inferno,
Peço-te perdão,
Se houver ao menos compaixão,
Salve a minha alma,
Dessa triste tormenta.
Se com os anjos no céu,
Eu pudesse estar,
Se com os inocentes na terra,
Eu pudesse descansar,
E até com as águias,
Pelo céu eu pudesse voar,
Diria a todos que não sou feliz
Porque . . .
Jamais beijaria novamente sua face,
Que um dia chorou ao me ver partir.

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