
Ao longo dos anos, observei que as pessoas vivem como se não se dessem conta de que não vão viver pra sempre. Elas se casam, têm filhos, netos, hipotecas a pagar, compram carros, casas, escrevem livros, plantam árvores, elas simplesmente vivem. Deixam espalhadas sobre a face da terra um legado ao qual caberá somente a sorte o zelo por ele.
De igual maneira, vivemos diante a perpetuação da incerteza, do medo, da angústia, da solidão, a perpetuação da não escolha, a perpetuação do fim.
Como pode ser possível viver sem nunca se questionar sobre nada? Como simplesmente seguir o curso do rio sem se importar de onde as águas dele vêm e para onde elas irão?
Não se o que e pior: se pensar pra que vivemos, ou porque morremos. Certamente o homem não tem escolha alguma, ele somente segue. A vida é como um jogo de xadrez e nós humanos somos as peças espalhadas pelo tabuleiro o qual chamamos de mundo. O que eu não sei é quem movimentas as peças.
Tudo no tocante a vida é tão efêmero, enigmático, claudicante, é tão imprevisível que talves por isso, felizes são os que nunca se acometem de dúvidas, os que acham que sabem quem movimenta as peças neste tabuleiro.
Assim, definitivamente o homem não tem escolha.
Hoje eu notei que as pessoas costumam sorrir mais em dias ensolarados.
Sábios, filósofos, cientistas, cosmólogos, teólogos, líderes religiosos, e tantos outros tentaram envão explicar a origem da vida, a origem do ser. Tolice! Não há que se afirmar sobre o que não se pode provar. Tudo que foi dito e que vier a ser dito, não passará de especulações, teorias, inventos, fé, devoção.
O homem caminha cada vez com mais pressa rumo ao que desconhece. E quanto mais rápido ele anda em busca de respostas, mais longe está de chegar até elas.
Não há verdade absoluta. Nada é absoluto.
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