"Somente a Razão Impede o Homem de Voar"

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

IGNORADOS PELO AMOR


IGNORADOS PELO AMOR


Cai a noite,
O véu negro vem e cobre toda luz,
As estrelas brilham no infinito,
E a brisa refresca meu rosto,
O grande mistério envolve o homem,
Não somos capazes de desvendá-lo,
Sobre as árvores o crepúsculo se esconde,
Atrás dos montes a luz se despede,
E a certeza da solidão nos acompanha,
O som das águas do mar atravessam o peito e invadem o coração,
Os pássaros se calam,
O silêncio é entediante, assustador,
A monotonia das cidades grandes,
Com suas músicas altas,
E os seus programas de televisão,
Impedem que a alma sinta,
Deus tão próximo,
Que se pode até tocá-lo,
O sol se apaga,
E a lua reina,
A agonia nos conforta,
E o amor nos ignora,
A grama dos jardins,
Molhada pelo sereno,
Este mesmo sereno,
Que encharca nossos defeitos,
E quando já é madrugada,
E não se houve som algum,
A não ser a própria consciência,
Que nos condena, por nossas ações,
Como castigo,
As lágrimas rolam em nossos rostos,
E sobre a cama,
Choramos como crianças,
Indefesas, tristonhas, e abandonadas.
Somos todos como aves,
Adormecemos cansados,
E pedimos a Deus,
Por um dia melhor,
Sem saber se o que desejamos,
É realmente melhor do que o que temos,
Nossos corpos doentes,
Nossas almas fracas,
A dor é cúmplice . . .
Cúmplice dos nosso erros,
Venha, venha agora,
Oh! Chuva de esperança,
Regue nossas almas,
Regue nosso corações,
Para que a semente do amor,
Brote em nossas vidas,
Venha mistério gigante,
Benção de Deus, a seus filhos na terra,
Não tarde em nos visitar,
Somos todos nessa terra,
Como crianças indefesas,
E fazemos parte de uma multidão assombrada,
Que carrega na alma,
A insegurança de viver.

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