
Sinto saudade da cidade onde eu morava, lá sim é "um mundo perfeito" onde a realidade é a que queremos ver, onde ainda é possível viver um falso saber ignorando as mazelas que estão a baixo de nossos próprios pés, ou mesmo ao nosso lado.
Uma cidade tão bela, limpa e rica que moradores de rua são seduzidos pela cachaça em noites geladas de inverno e deixam-se embriagar, sendo depois transportados em carros da prefeitura pras cidades vizinhas, como poeira escondida embaixo do tapete, afim de que os festivais de inverno e as baunerfests anuais não sejam "enfeiadas" por pessoas que não vestem casacos caros, sapatos de couro e que não gozam de uma aparência física perfeita.
No início você se choca, depois, se cala e percebe que é tão hipócrita quanto qualquer morador de lá, então, só o que resta fazer é colocar os óculos cor de rosa que sempre estiveram ao seu alcance mas que você insistia em bradar que jamais usaria, sorrir e acreditar (se possível) que a vida é assim... simplesmente assim.
E depois de algum tempo, você já não sente mais nada, porque se entregou de tal maneira que sua consciência parece estar sedada ou perdida em alguma rua deserta bem longe de onde você passa.
Lá você vende sua alma sem receios, porque no fundo, todos queriam viver em um lugar assim e ser não quem você é, mas quem você parece ser quando vive lá.
Uma cidade tão bela, limpa e rica que moradores de rua são seduzidos pela cachaça em noites geladas de inverno e deixam-se embriagar, sendo depois transportados em carros da prefeitura pras cidades vizinhas, como poeira escondida embaixo do tapete, afim de que os festivais de inverno e as baunerfests anuais não sejam "enfeiadas" por pessoas que não vestem casacos caros, sapatos de couro e que não gozam de uma aparência física perfeita.
No início você se choca, depois, se cala e percebe que é tão hipócrita quanto qualquer morador de lá, então, só o que resta fazer é colocar os óculos cor de rosa que sempre estiveram ao seu alcance mas que você insistia em bradar que jamais usaria, sorrir e acreditar (se possível) que a vida é assim... simplesmente assim.
E depois de algum tempo, você já não sente mais nada, porque se entregou de tal maneira que sua consciência parece estar sedada ou perdida em alguma rua deserta bem longe de onde você passa.
Lá você vende sua alma sem receios, porque no fundo, todos queriam viver em um lugar assim e ser não quem você é, mas quem você parece ser quando vive lá.
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