"Somente a Razão Impede o Homem de Voar"

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ARCO-ÍRIS


Às vezes, algumas coisas acontecem e parece que é o fim. E na verdade, quase sempre é o fim. O fim de um tropeço, pro início de um recomeço. O fim de um comodismo, para o início de uma ação. O fim pode ser somente um "fim", na verdade, depende somente de como vamos encará-lo, se como um nada ou talvez como uma possibilidade, uma nova porta que se abre, um novo caminho que surge em nossas vidas. Tudo depende de como vamos moldar nossos destinos. E enquanto houver vida, sempre haverá fim para que exista recomeço.

O importante, é ressaltar que o maior erro do ser humano (de todos independente do sexo), é acreditar, esperar, ter a convicção de que a felicidade existe, mas que de fato não depende de nós mesmos, mas de uma complementação advinda de parte alheia, do nosso próximo, de um terceiro.

A realização pode nem sempre ser a material, mas se for, para muitos não depende de que nos esforcemos, de que venhamos a dar o melhor de nós mesmos, depende do quanto a pessoa ao lado será incompetente, desleixada, omissa, porque nem sempre é através de nossas virtudes que alcançamos a realização,mas construímos nosso sucesso, sobre o fracasso de outrem. Sob a ótica social sempre, repito sempre, haverá um perdedor, para que possa existir um vencedor. No mundo em que vivemos "empate" não faz parte da realidade. Relevar, não consta nos dicionários. Vencer, acima de tudo, acima de todos, é o ideal do ser humano.

Outro meio de realização é através dos sentimentos. Como já disse a sábia escritora Raquel de Queiroz "O homem nasce e morre só, e talvez seja por isso que precise tanto viver acompanhado". A solidão não é inata ao ser humano, pelo contrário, a Bíblia revela que Deus aos criar o homem, Adão, percebeu que a solidão não era algo saudável, e compadecendo-se da criatura que sozinha parecia ser muito mais indefesa do que deveria, criou para ele uma companheira, pois segundo o próprio Deus "Nâo é bom que o homem viva só". Fomos criados para amar, não como máquinas que são programadas somente com uma determinada função. Fomos criados para amar e simplesmente amar. Amar a Deus acima de tudo, ao próximo como a nós mesmos, amar a nossos pais, irmãos e filhos, amar aos nossos amigos, aos nossos parentes, amara aos animais e no fundo, fomos criados para a mar a própria vida.
Amar, simplesmente amar, acima de tudo amar. Devemos amar ao próximo, tal como amamos a nós mesmos, não somente por falar, mas por amar somente. Sabemos que devemos amar aos nossos pais, aos nossos filhos, aos nossos irmãos, embora para alguns seja mais fácil amar a quem não se conhece do que com quem se vive. O amor deve ser indelével, deve ser como uma marca, uma cicatriz que trazemos em nossos corpos, que por mais que cresçamos, que o nosso corpo sofra alterações, por mais longe que formos, ou por pior que venhamos a passar, ela sempre estará ali, porque tão somente como é, faz parte de nós, e fará para sempre. A única diferença é que o amor deve ser uma marca que trazemos não em nossos corpos, mas sim em nossos corações, em nossas almas. Pois tudo passa, mas o amor, este é eterno.

Devemos também amar aos nossos amigos, mesmo que seja difícil o convívio com eles. Amar também é aceitar as diferenças, as desigualdades, aceitar que nem todos somos iguais, e que podemos não só aprender, mas também crescer humanamente se falando, convivendo com nossos amigos.

Amar também aos nossos parentes, aqueles que de certo, serão no futuro, o nosso maior vínculo com o passado.

E dado a tudo mais, devemos amar aos animais, as flores, e tudo o que há na natureza, devemos preservar o que temos hoje, para que as gerações vindouras também possam desfrutar do que tanto nos encanta, do que colore, floresce, cresce, frutifica, vive e faz viver.

E por falar em vida, como não amá-la? Como não nos deleitarmos a sua magnitude, a sua pragmaticidade? A vida que temos é uma só, e tal qual a temos, devemos aproveitá-la, viver só por viver não é o bastante, o importante é a sensação de satisfação, de contentamento, é abrir mão do formalismo egocêntrico da sociedade para estar com quem se ama, na hora que se quer, como bem quiser. É saber a importância que tem um sorriso, mesmo se este vier em meio as lágrimas, é não fingir, é não humilhar, é simplesmente viver e amar. É acima de tudo transformar, realizar, criar, mudar, mas nunca moldar. Devemos correr, nos esticar, sempre abrir as janelas e as cortinas, para deixar a luz do sol entrar, para aquecer, para iluminar, para sarar. Devemos plantar não só uma árvore, mas tantas quantas conseguirmos. Devemos cortar os nossos cabelos, pintá-los, escová-los, mudar sempre que possível, mas nunca nos esquecermos de que como somos naturalmente.

Mas ainda que consigamos amar a todos, ainda que amemos a vida e tudo o que nela há, ainda assim não seremos completos, pois como já disse anteriormente, Deus criou para o homem uma companheira, a chamou de Eva, e os ensinou a amar. Não como posteriormente amaram os filhos, ou aos outros, ou aos animais, mas um amor diferente. Amar não como irmãos, mas como homem e mulher. E neste amor, não cabe a fraternidade, ou mesmo a singeleza de uma amizade, ele até precisa destas coisas também para se fortalecer, mas o que é mais importante é a satisfação do prazer que se tem ao estar a sós, a dois, juntos, é o milagre de ambos tornarem-se uma só carne, duas almas, dois corpos ocupando o mesmo espaço, tornando-se um só. Mas a satisfação do prazer somente não é suficiente. É preciso que haja música no dia a dia, mesmo porque o dia a dia nunca deve ser igual. Acordar e ir dormir já sabendo tudo o que acontecerá não é saudável para ninguém, pois a rotina enfraquece as relações. E um bom relacionamento tem que ser pautado na certeza de que o amor é a base, dentre tantas outras, porque somente assim poderá sobreviver a rotina, e a tudo mais que se suceder.
O erro do qual falei e novamente falarei, é acreditar que a felicidade não está em nós, mas em outra pessoa, ou outra coisa, ou outro lugar. Vejamos, a nossa complementação sim depende de outra pessoa, pois fomos criados para amar e ser amado. No entanto a felicidade é algo inerente a natureza humana. A própria natureza humana, não depende de outrem, ou de algum agente externo, a felicidade incide sobre cada um de nós, e tal como somos devemos descobrir como nos fazer feliz, o que nos realiza, o que nos proporciona esta magnificência esplendida que somente é cabível aos homens, e a nenhum outro ser. Isto sim é uma dadiva, poder ser feliz!!!

Agora, dizer que não se é feliz porque não se tem alguém ao lado, não é certo. O certo é dizer que não se descobriu o que o faz feliz, ter alguém ao lado é a complementação da sua natureza que não foi criada para viver só.
Agora pense e reflita, o que o faz feliz? Dedique mais tempo a satisfazer a sua alma, para que no futuro você não venha a culpar aos outros por suas amarguras. Viva, Com a certeza de que a solidão incomoda, mas não é a causa da sua infelicidade. Não culpe a ninguém pelo que você poderia ter feito e não fez. Não seja omisso consigo mesmo, não espere pelo amanhã, não deixe para depois, pois do berço ao túmulo, nós é que fazemos nossas escolhas. Saiba fazer das pedras de tropeço que aparecem em seu caminho, uma nova oportunidade de recomeço. Tropece, caia, mas nunca desista, levante e siga em frente, recomece, viva e seja feliz! Acredite sempre que por trás de cada negra nuvem, sempre haverá um arco-íris a brilhar!

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