"Somente a Razão Impede o Homem de Voar"

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ONTEM


Hoje o dia amanheceu sombrio, talvez porque a noite anterior tenha sido um tanto difícil, ou talvez porque eu não sei bem o que aconteceu.
O sábio poeta Vinicius de Moraes, disse que: "de repente do riso fez-se o pranto", e é exatamente assim que me sinto.
Ontem tudo parecia estar bem, mas hoje a solidão invadiu todos os cômodos da minha casa, me fazendo sentir presa, angustiada, deprimida por saber que o que me prende não são as paredes, mas meus próprios medos.
Eu tenho tantos medos, e tão poucas pessoas a quem contá-los que logo penso: será que então os nossos medos devem ser segredos? Devem ser mantidos secretos em algum lugar de difícil acesso das nossas almas, onde somente nós saibamos onde está?
Tenho tantas perguntas, e tão poucas respostas, só o que sei é que a dor está aqui, dentro de mim é insuportável.
Não sei como arrancá-la, como destruí-la, como me convencer de que tudo o que vivo, ainda poderia ser pior, e que por tanto, deveria me sentir até feliz por ter os problemas que tenho.
Pra quem estiver lendo este texto, sei que será difícil a compreenção, pois pra eu que estou escrevendo, está difícil conter as lágrimas que inundam meus olhos, e os pensamentos voam sobre minha cabeça, como pássaros em volta de seus ninhos.
Agora o céu está nublado, o vento está forte e frio, e eu, estou sozinha, perdida em minha própria dor.
Hoje é assim, mas quem sabe como será o meu amanhã???


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