Hoje o
dia amanheceu sombrio, talvez porque a noite anterior tenha sido um tanto
difícil, ou talvez porque eu não sei bem o que aconteceu.
O sábio
poeta Vinicius de Moraes, disse que: "de repente do riso fez-se o
pranto", e é exatamente assim que me sinto.
Ontem
tudo parecia estar bem, mas hoje a solidão invadiu todos os cômodos da minha
casa, me fazendo sentir presa, angustiada, deprimida por saber que o que me
prende não são as paredes, mas meus próprios medos.
Eu tenho
tantos medos, e tão poucas pessoas a quem contá-los que logo penso: será que
então os nossos medos devem ser segredos? Devem ser mantidos secretos em algum
lugar de difícil acesso das nossas almas, onde somente nós saibamos onde está?
Tenho
tantas perguntas, e tão poucas respostas, só o que sei é que a dor está aqui,
dentro de mim é insuportável.
Não sei
como arrancá-la, como destruí-la, como me convencer de que tudo o que vivo,
ainda poderia ser pior, e que por tanto, deveria me sentir até feliz por ter os
problemas que tenho.
Pra quem
estiver lendo este texto, sei que será difícil a compreenção, pois pra eu que
estou escrevendo, está difícil conter as lágrimas que inundam meus olhos, e os
pensamentos voam sobre minha cabeça, como pássaros em volta de seus ninhos.
Agora o
céu está nublado, o vento está forte e frio, e eu, estou sozinha, perdida em
minha própria dor.
Hoje é assim, mas quem sabe como será o meu
amanhã???
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